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domingo, 17 de abril de 2011

Brasil profundo: um Brasil que fica à margem da mídia e dos projetores da publicidade.

Eles estão no poder, sim! O quadro que se vislumbra não é dos melhores. Mas nem tudo está perdido!

Convido, porém, a todos os leitores para antes lerem este artigo que D. Bertrand de Orleans e Bragança escreveu às vésperas do 2º turno das últimas eleições para presidente, onde ele nos chama a atenção para este "Brasil profundo" - em suas palavras, "um amplo setor conservador do eleitorado sem legítimo porta-voz" - mas não tão ignorado pelos que estão agora no poder:



http://www.ipco.org.br/home/noticias/insurreicao-eleitoral


É verdade que a Dilma venceu. Mas não venceu por grande margem de votos. Não foi uma vitória arrebatadora. E mais mostrou que o Brasil está dividido.

Mesmo sem militância conservadora que preste, o Brasil não embarcou, "in totum", na aventura petista! Mesmo sem uma militância conservadora pra valer, mesmo com um inerme candidato como foi e é o Serra, que fez uma campanha modorrenta, ainda assim, o eleitorado se dividiu bastante...

A quê se deve isso?


"Não existirá também um Brasil profundo? Um Brasil que fica à margem da mídia e dos projetores da publicidade?" (D. Bertrand de Orleans e Bragança)

Penso que hoje, após estas últimas eleições, mesmo embaídos por utopias fracassadas, já não se negam a ver a realidade e nem ignoram a imensa rotação que se vai produzindo em importantes setores de uma nação que exerce papel decisivo no mundo e é presentemente o grande baluarte do Ocidente Cristão.

Nossa gente, de "per si", é conservadora, mas instintivamente conservadora. O povo brasileiro é conservador, só que não se dá conta disso e não tem uma clareza quanto a este ponto de vista.

Quando Lula se apresentava como ele realmente era e é, não conseguia nada. Com uma maquiagem quase "conservadora", mostrando-se como um moderado, até mesmo, um "moderador", vejam onde o povo o colocou!

Quando Dilma pousou de católica e anti-abortista, o povo a elegeu! Imagine se Dilma gritasse, à la Chavez: "Socialismo ou morte!"...acham mesmo que ela ganharia as eleições?

Ao invés de ares totalitaristas, Dilma foi à Missa. Atrapalhou-se com a liturgia, representou o papel de católica como canastrona, mas teve de fazê-lo para não perder as eleições. Teve de mostrar-se "religiosa", ainda que entre aspas, mas "religiosa". Senão, ofenderia o Brasil verdadeiro. Senão, perderia as eleições.

Por que não se disse atéia e socialista? Por que não se disse, escancaradamente, atéia, abortista e socialista?

Vejam, o Estado pode ser laico, mas nossa sociedade está longe de ser atéia! E, ainda por cima, é de maioria cristã, majoritariamente católica apostólica romana! Gostem ou não os gramscistas!

O que falta para o brasileiro é conscientização! É um povo facilmente manipulável. E os comunistas gramscistas sabem muito bem disso.

E o que os gramscistas agora querem, como coroamento da revolução cultural é acabar, até, com o tal "conservadorismo instintivo" do nosso povo.

Por isso, investem no Kit-Gay para o ensino fundamental. Eles querem "formar", ou antes, "deformar" os brasileiros desde cedo.

Se conseguirem, aí, sim, o Brasil verdadeiro que conhecemos (aquilo que D. Bertrand chama de Brasil profundo), terá desaparecido.

Enquanto esse Brasil profundo existir, os gramscistas patinarão. Colecionarão algumas vitórias, mas nunca terão o poder absoluto que querem.


Vejam por exemplo o que aconteceu para que Dilma conseguisse a vitória:

O programa de governo da Dilma incluía, totalmente, o PNDH-3. E este programa foi registrado junto ao TSE no último dia para isso. Foi registrado de manhã. À tarde, a coordenação de campanha foi ao Tribunal e trocou o programa, amenizando-o substancialmente.

Isso não nos deve fazer crer que eles se "emendaram". Foi só uma mudança de tática e estratégia. Mas foi necessário para eles, porque com aquele plano, ela perderia as eleições.

Eles jogam na certeza de manipulação do povo, vestindo rapidinho uma pele de cordeiro e apostando que conseguem, assim, enganar os eleitores.

Claro que isso tudo não é "vantagem", mas é um sinal. Um sinal de que nem tudo está perdido e temos como reverter!

Essa cambada precisa se colocar em pele de cordeiro para ser aceita - o que significa que nosso povo não está tão moralmente dominado como estão os povos da Venezuela, Bolívia e Equador, por exemplo.

Dilma tem muito, muito a seu favor, mas nem tudo!

Se tentar passar o aborto ou a eutanásia pelo Congresso, a sociedade irá protestar, como protestou contra o PNDH-3.

Por que o PNDH-3 já não é uma realidade? Porque houve gritaria da sociedade - bem ou mal, mas houve!

Essa esquerdalha sabe que no Brasil, por pior que seja nossa situação, não dá para meter o pé na porta e arrombar tudo...

Esse PNDH-3 já era para estar implantado!!!

Essa cambada petista gramscista está no poder, sem dúvida! Mas eles não estão absolutamente tranquilos, não.

São espertos, mas não inteligentes... e isso conta a nosso favor!

Lula que - diziam - elegeria até um poste, não conseguiu eleger a Dilma "de qualquer jeito". A Dilma teve que se amoldar, ainda que de fachada, ao Brasil verdadeiro, ao Brasil profundo de D. Bertrand.

O PNDH-3 é um paradigma!

A reação foi certeira - e olhem que ainda foi tímida! Mas já frustrou a implantação do plano no próprio governo Lula, como era o objetivo.

Ah, mas agora tem o Kit-Gay, a campanha à favor do Desarmamento...

Sim, fazem volteios para conseguirem o que querem. Porém a necessidade de terem de fazer estes volteios, é sinal de que estamos vivos e reagindo! Eles estão encontrando reação! Não a reação ideal, mas há uma reação.

Os gramscistas-petistas têm conseguido muita coisa, mas com a reação certa, muito pode ser impedido neste país que temos.

O Brasil é um grande país, praticamente um continente inteiro! Não é como "dominar" a Venezuela ou o nanico Equador.

Penso que muito do que nos salva é nossa dimensão territorial - bendita herança de D. João VI e D. Pedro I! Fôssemos do tamanho do Uruguay, "já era"!

Claro que se ninguém reage, eles acabam conseguindo mesmo, pois eles só conseguem ascender a algum poder se disfarçando.

E nossa reação na internet (Twitter, Facebook, Blogs etc) mostrou seus efeitos!

Eu acredito que é preciso uma injeção de otimismo em nossa gente, principalmente em NOSSA GENTE (os conservadores).

Não é um otimismo à la Polyana...de modo algum!

É reconhecer a gravidade da situação, com os gramscistas no governo e na máquina do Estado, como o estão, mas que só estão por que se disfarçam - o que revela que o radicalismo que professam não encontra eco no Brasil verdadeiro. Ou seja: ainda há um Brasil; ainda há uma pátria!

A campanha contra o PNDH-3 é uma prova da organização, ainda que muito tênue da sociedade contra o arbítrio, que fez com que esse projeto fosse frustrado.

Sabemos que outras tentativas virão.

Não me iludo, por exemplo, tal qual Ives Gandra, que já dá a luta como "ganha" não!

Eles voltarão à carga, inclusive com o PNDH-3. Mas também encontrarão, talvez, uma resistência ainda mais madura a essa sandice comunista!

Sim, porque o Brasil verdadeiro, o tal "Brasil profundo" de D. Bertrand é contra o aborto, fundamentalmente, porque é o herdeiro da Cristandade, do Catolicismo que nos foi legado desde o descobrimento!

É claro que não podemos "dormir em berço esplêndido" sobre essa realidade, porque essa cambada está trabalhando, diuturnamente, justamente para mudar essa realidade e formar gerações de brasileiros já divorciados do legado do Brasil profundo ainda vigente.

Temos de nos mobilizar!

Mas não podemos dizer que estamos vendidos. Não estamos derrotados. E nem subestimemos nossa capacidade de reação! Sim, reação!

Sejamos orgulhosamente reacionários!

Ser reacionário, neste caso, é reagir contra a destruição não só do Brasil, mas de toda a civilização que o lastreia.

Portanto, antes de nos ofendermos, tenhamos orgulho de sermos chamados de direita reacionária.

Somos de Direita, opostos da esquerda! E reacionários, pois reagimos à tentativa de dominação totalitária!

Negar isso, é dar a vitória ideológica ao inimigo!

É negar o nosso Brasil profundo! Um Brasil marcadamente majoritário, em contraste com um Brasil de superfície, cosmopolitizado e afinado com as últimas modas, indumentárias, ideológicas ou outras, segundo as palavras de advertência de Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Projeto de Constituição Angustia o País”:


“À medida que o Brasil de superfície caminhe para a extrema esquerda, irá se distanciando mais e mais do Brasil de profundidade. E este último irá despertando, em cada região, do velho letargo. E de futuro os que atuarem na vida pública de nosso País terão de tomar isso em consideração. E, em vez de olharem tão preponderantemente para o Brasil cosmopolitizado que se agita, terão de olhar para o Brasil conservador que constitui parte da população dos grandes centros e se patenteia mais numeroso na medida em que a atenção do observador desce das grandes cidades para as médias, das médias para as pequenas e destas últimas, já meio imersas no campo, para nossas populações especificamente rurais”.

E essa é a idéia que eu queria passar a todos: ainda há uma pátria! Um Brasil profundo que deve ser considerado e que precisa tomar posição! Precisa acordar!

É esse Brasil profundo, que, coerente com nosso hino, ainda dorme em "berço esplêndido', mas precisa ser despertado!

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